71% das mulheres já viveram situação de violência ao se deslocar, diz pesquisa

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Foto: Cesar Ogata/SECOM

13 de setembro, 2024 g1 Por Paula Paiva Paulo

Olhares insistentes e cantadas foram citados por 44% das entrevistadas, 26% disseram ter sofrido assalto, furto ou sequestro relâmpago e 17%, importunação sexual. Maioria relata ter mudado hábitos, como evitar lugares escuros (97%), escolher o lugar que vai se sentar no transporte coletivo (90%) e evitar sair à noite (89%) ou usar certas roupas ou acessórios (87%).

71% das mulheres do país dizem já ter vivido alguma situação de violência ao se deslocar, de acordo com um levantamento dos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, com apoio da Uber.

Das entrevistadas,

  • 44% dizem ter recebido olhares insistentes ou cantadas inconvenientes;
  • 26%, sofrido assalto, furto ou sequestro relâmpago;
  • 17%, importunação sexual (praticar um ato libidinoso contra alguém sem consentimento dessa pessoa);
  • 16%, preconceito ou discriminação por alguma característica, exceto raça;
  • 10%, racismo;
  • 6%, agressão física;
  • e 3%, estupro.
  • 73% das entrevistadas disseram que sofreram violência durante deslocamentos a pé, 45% em ônibus, 13% em carro particular, 10% no metrô e 10% em carro de aplicativo.

A pesquisa mostra que, após a violência sofrida, 74% das vítimas nunca reagiram, e que 73% mudaram hábitos.

O levantamento diz ainda que quase todas as entrevistadas relatam adotar estratégias para se proteger. As mais comuns são evitar passar por locais escuros (mencionada por 97% das entrevistadas), escolher o lugar que vai sentar no transporte coletivo (90%) e evitar sair à noite (89%) ou usar certas roupas ou acessórios (87%).

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