Fazemos mais e melhor, mas ainda ganhamos menos. Por quê?, por Ana Fontes

11 de outubro, 2024 Folha de S. Paulo Por Ana Fontes

Nossos salários seguem abaixo do ideal só porque somos mulheres

Se tem uma coisa que mulher passa nessa vida é perrengue. Tenho certeza que você, mulher, que está aí do outro lado lendo este texto não só vai concordar, como vários exemplos vão vir à sua mente. A dor de ter tudo dificultado simplesmente pelo nosso gênero carregamos desde nascença. Não temos acesso fácil a linhas de crédito, não ganhamos oportunidades de ocupar cargos de alta liderança, não estamos presentes nas câmaras, senados e tribunais e ganhamos muito menos que os homens para fazer mais e melhor do que eles.

Lendo as notícias me entristece ver que em vez de andarmos para frente, parece que em alguns pontos estamos regredindo. Recentemente, saiu um levantamento feito pelo governo do Brasil sobre equidade salarial que mostra que ao invés de estarmos progredindo neste quesito, perdemos em porcentagem em 2023, com as profissionais femininas ganhando 20,7% a menos do que os homens mesmo quando suas tarefas/cargos são iguais.

Esse cenário não progride mesmo com várias pesquisas mostrando que nós, mulheres, somos competentes, profissionalmente preparadas e ótimas líderes. Nossos salários seguem abaixo do ideal só porque somos mulheres. Pior ainda que Simone de Beauvoir estava realmente certa quando disse que basta uma pequena crise, seja econômica, política ou religiosa, para que os nossos direitos sejam questionados, às vezes mais do que isso, cancelados.

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