Violência doméstica: você sabe quais são os 5 tipos mais comuns?

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Foto: Helio Montferre

17 de janeiro, 2025 AzMina Por Natália Sousa

Muito além das agressões físicas, os ataques morais, psicológicos, sexuais e financeiros também fazem vítimas, provocam isolamento, traumas e destruição

No Brasil, 30% das mulheres já sofreram algum tipo de violência doméstica. O número é resultado de uma pesquisa feita pelo DataSenado em 2023, e mostra que as agressões físicas são só uma expressão dessa violência. Ataques morais, sexuais, psicológicos e patrimoniais também são formas que os agressores encontram para isolar, desqualificar e enfraquecer as vítimas. Para pedir ajuda e romper com o ciclo, é preciso identificar tudo isso.

Em parceria com o Instituto Penhas, AzMina lista abaixo os cinco tipos de violências mais comuns. Caso você se identifique como vítima e precise de ajuda, baixe o aplicativo PenhaS. Lá você encontra acolhimento, informação e um manual de fuga pensado para as suas necessidades.

Violência física

É quando o agressor segura, chacoalha, machuca, imobiliza o seu corpo, mas também quando atira o controle remoto, o celular ou qualquer outro objeto na sua direção. O ataque não precisa deixar cicatriz, sequela ou marca para ser considerada violência. Não importa se parece ter sido leve na sua percepção. Se ele te empurrou, puxou o seu braço, jogou a chave em você, é agressão.

Violência sexual

Infelizmente, muitas mulheres já foram vítimas dela sem saber. Isso porque muita gente acredita que a única violência sexual que existe é o estupro, e que ele é  cometido por alguém fora da relação. Mas violência sexual ocorre também quando:

Se você é obrigada a ter relação sexual contra sua vontade, ou fazer coisas que te deixam desconfortável e/ou com repulsa;
Se você é impedida de usar métodos contraceptivos, ou forçada a fazer um aborto;
Se você é levada a se prostituir, a engravidar ou se casar, na base da chantagem emocional ou do suborno;
E vale reforçar que não é porque você é casada ou namora que você é obrigada a transar quando não estiver a fim. Forçar sexo é violência.

Violência psicológica

É quando entram as chantagens, as humilhações, os insultos, a ridicularização, a perseguição e o isolamento. Você é levada a acreditar que tudo em você está errado. Sua voz, sua risada, sua profissão, sua família, suas amigas, tudo parece irritar o seu companheiro. Ele diz frases como:

  • “você só sai com suas amigas pra me provocar”
  • “você nunca vai encontrar alguém como eu”
  • “você está cada vez mais largada”
  • “se fosse outro, te deixaria”

O medo de contrariar ou de deixar o parceiro nervoso, faz com que a vítima fique em estado de alerta o tempo todo. E é difícil de perceber o que está acontecendo, porque na violência psicológica, o agressor distorce a realidade. E destrói a autoestima da mulher. Ele omite ou inventa situações para que a vítima acredite em coisas que, na verdade, não existem. Por exemplo: quando ele insinua que você estava flertando com alguém, quando você não estava. E aí você começa a duvidar da própria memória e da própria sanidade, o que gera mais dependência emocional.

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