(Jornal do Brasil) Os países-membros do Conselho de Segurança estão debatendo, nesta quarta-feira, o problema da violência sexual ocorrida durante conflitos ou guerras.
O tema foi levado ao órgão pela presidência rotativa de Ruanda, que lembrou na semana passada os 19 anos do genocídio que matou 800 mil pessoas no país africano.
Famílias e Comunidades
Na abertura do debate especial, o secretário-geral da ONU disse que estupros em tempos de guerra não destroem somente indivíduos, mas também famílias e comunidades inteiras.
Ban Ki-moon disse ainda que a violência sexual em conflito é uma questão de segurança internacional. Segundo ele, as quatro resoluções do Conselho de Segurança sobre o tema estão ajudando a prevenir e encarar os crimes sexuais relacionadas a guerras e conflitos.
A ONU também criou o cargo de representante especial contra violência sexual em conflitos. Os estupros e outros crimes sexuais são usados como tática de guerra em várias partes do mundo.
Apoio
Ban lembrou que dos Bálcãs à África, a violência tem efeitos negativos mesmo após o fim da guerra. Várias agências da ONU e outras entidades têm investido em apoios médico e psicológico às vítimas desse tipo de crime.
E os ataques não ocorrem somente contra mulheres e meninas, homens e meninos também são alvejados.
Uma das medidas mais recentes da ONU foi o envio de oito conselheiras sobre proteção à mulher para a Missão da ONU no Sudão do Sul.
Ban encerrou a apresentação no Conselho de Segurança dizendo que a prevenção da violência sexual é responsabilidade dos países, principalmente das forças de segurança, que, em muitos casos de conflito, são também os autores deste tipo de violação.
Acesse em pdf: Conselho de Segurança debate prevenção à violência sexual em conflitos (Jornal do Brasil – 18/04/2013)
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