(G1/PE) Mulheres heterossexuais são o grupo de risco que mais cresce. Na cidade, 46% das pessoas infectadas são do sexo feminino
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, apontou que são os heterossexuais que representam a maior parcela dos novos infectados pelo vírus HIV. Em Petrolina, Sertão pernambucano, aumentou o número de mulheres heterossexuais infectadas. Na cidade, 456 pessoas são atendidas pela Secretaria de Saúde, deste número 46% são mulheres.
“Quando começou a epidemia de Aids/HIV no mundo, eram 20 homens infectados para cada mulher. Mas nos últimos 10 anos, esse número tem crescido. Hoje em Petrolina, é um homem para uma mulher. Então já não tem mais predominância do sexo masculino. As mulheres estão, cada vez mais, sendo afetadas pelo vírus”, destacou o infectologista Gustavo Mendes.
Há mais de dez anos convivendo com a Aids, uma mulher que prefere não se identificar, faz tratamento em Petrolina e contou que descobriu a doença depois do nascimento do filho. E desconfia que tenha contraído o vírus do parceiro com quem conviveu durante anos.
Ela conta que o início do tratamento foi bem doloroso. Mas que hoje convive normalmente com a doença. “Hoje em dia não sinto mais nenhum sintoma da medicação. Me alimento bem e isso ajuda. Se eu tomar a medicação pela manhã, meia hora depois, eu tenho que comer alguma coisa, porque ele incomoda um pouquinho o estômago. Mas fora isso, a reação só foi mais assim no começo. Agora está tranquilo”, relata a portadora do vírus.
Segundo especialistas, a melhor maneira de se prevenir contra o HIV/Aids continua sendo o uso da camisinha. “Não confie em ninguém. Porque eu achei que não poderia nunca acontecer comigo e aconteceu. Então, se eu pudesse voltar no tempo, não teria cometido esse erro”, garante a mulher infectada pelo companheiro.
Na cidade de Petrolina, o tratamento da Aids é feito gratuitamente no Centro de Orientação e Apoio Sorológico.
Acesse o PDF: Aumenta o número de mulheres infectadas com HIV em Petrolina, PE (G1/PE, 18/03/2014)