(Rádio ONU, 17/04/2014) Rashida Manjoo terminou visita de duas semanas à região; somente no último ano, 1,2 milhão de mulheres sofreram abusos domésticos na Inglaterra e no País de Gales.
A violência contra as mulheres “continua sendo um desafio” na Grã-Bretanha e por isso, é necessária uma resposta mais compreensiva para tratar o flagelo.
Essa é a opinião da relatora especial da ONU sobre violência contra mulheres, Rashida Manjoo. Ela terminou uma visita de duas semanas a várias cidades incluindo Londres, Edinburgo, Belfast, Cardiff e Bristol.
Resposta
Manjoo notou várias mudanças positivas nos últimos anos, com o governo colocando a questão da violência de gênero como prioridade. Mas a relatora pede uma resposta mais direcionada para tratar casos envolvendo mulheres e meninas.
Segundo Manjoo, no último ano, 7% das mulheres da Inglaterra e do País de Gales confirmaram ter sofrido abusos domésticos, o equivalente a 1,2 milhão de vítimas. E cerca de 400 mil mulheres desses países relataram ter sido vítimas de abusos sexuais.
Etnias
Durante a visita da relatora à Grã-Bretanha, ela ouviu relatos sobre casos de assédio sexual, mutilação genital feminina, violência de gangues, crimes de honra e tráfico.
Organizações civis informaram Manjoo que mulheres negras, migrantes e de minorias étnicas são vítimas de um número desproporcional de homicídios domésticos. Já as chances das mulheres asiáticas se suicidarem são três vezes maiores.
Medidas
A relatora da ONU destaca que as medidas de austeridade têm um impacto nos serviços de assistência às vítimas e também na pobreza e no desemprego, fatores que contribuem para a violência.
O resultado completo da missão de Rashida Manjoo será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos em junho de 2015.
Acesse no site de origem: Violência contra a mulher ainda é desafio na Grã-Bretanha, diz relatora (Rádio ONU, 17/04/2014)