(Jornal do Comércio, 09/11/2014) “O Brasil está entre os países que mais exportam mulheres com fins de tráfico sexual. Os números são extremamente significativos: 98% dos casos de tráfico envolvem mulheres, que são levadas com fins de exploração sexual. Só que, na maioria das vezes, essas vítimas ficam invisíveis aos olhos da Justiça. São mulheres pobres, negras, que muitas vezes já estão envolvidas no mercado do sexo. Muitas já sofriam com abusos na própria família. São vítimas que as pessoas não querem lembrar que existem, atraídas com promessas de sonhos de melhorar a carreira ou até mesmo para seguirem como profissionais do sexo no exterior. Quando chegam ao país desconhecido, percebem que não é por aí. A mulher concordou em se prostituir em outro país. Não com estupro, retirada de documentos ou liberdade restringida. Isso se qualifica como escravidão contemporânea”, diz a secretária de Política para as Mulheres do Rio Grande do Sul, Ariane Leitão.
Acesse a íntegra no Portal Compromisso e Atitude: ‘No Brasil, a pobreza tem gênero, cor e classe’, diz Ariane Leitão (Jornal do Comércio, 09/11/2014)