(O Estado de S. Paulo, 20/04/2016) Segundo o governo, uma em cada cinco cidades adotou salas ou comitês municipais de combate vetor da dengue, chikungunya e zika
Dados preliminares do novo boletim de dengue, zika e chikungunya mostram que o ritmo de transmissão dessas doenças começou a apresentar uma discreta queda no País. “Os indicadores levam a crer que a curva de transmissão começa a baixar”, afirmou o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministérios da Saúde, Cláudio Maierovitch. Isso significa que as taxas da doença continuam a aumentar, mas em um ritmo menor do que o verificado nas últimas semanas.
Antes de comemorar, afirmou Maierovitch, é preciso verificar se a tendência indicada no boletim mais recente, ainda não divulgado, se repete dentro das próximas semanas. “Se isso de fato se concretizar, podemos ter um efeito benéfico a médio prazo. Talvez consigamos evitar a grande epidemia de nascimento de bebês com microcefalia esperada para a Região Sudeste”, completou.
Segundo informações do Ministério da Saúde, uma em cada cinco cidades adotou salas ou comitês municipais de coordenação e controle para o combate ao Aedes aegypti, vetor de dengue, da febre chikungunya e do vírus da zika. Em todo o País, foram 1.094 municípios, 143 (64%) deles estão entre os 223 locais com incidência de dengue igual ou superior a 100 casos por 100 mil habitantes – e com população igual ou superior a 50 mil pessoas.
Microcefalia. Dados também preliminares do boletim de microcefalia indicam que no Nordeste o número de nascimentos de bebês com a má-formação começa a cair. Até dia 9, haviam sido confirmados 1.113 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita.
Maierovitch destacou que na região aconteceu uma “infeliz coincidência” no ano passado: a maior circulação do vírus zika em uma área onde toda a população era suscetível e em um período em que o número de criadouros do mosquito estava muito elevado.
Lígia Formenti – O Estado de S. Paulo
Acesse no site de origem: Transmissão de doenças do ‘Aedes’ começa a cair (O Estado de S. Paulo – 20/04/2016)