(Folha de S.Paulo, 15/06/2016) O número de casos confirmados de bebês com microcefalia já chega a 1.581 registros, distribuídos em diferentes regiões do país, de acordo com boletim atualizado do Ministério da Saúde.
As confirmações correspondem a cerca de 20% do total de casos notificados como suspeitos –desde o início das investigações, 7.936 casos foram informados ao governo federal por secretarias estaduais de saúde, a maioria em Estados do Nordeste.
Deste total, 3.047 ainda permanecem em investigação. Outros 3.308 foram descartados após exames de imagem não apontarem sinais de alteração no cérebro dos bebês ou confirmarem que o quadro de microcefalia, que ocorre quando o perímetro da cabeça é menor do que o esperado para a faixa etária, não foi causado por agentes infecciosos.
O Ministério da Saúde considera que a maioria dos casos confirmados está ligado a uma infecção pelo vírus da zika durante a gestação. Estudos apontam que, em alguns casos, o vírus pode atingir o sistema nervoso do bebê. A pasta estuda outros fatores associados que podem levar ao quadro.
Entre os casos confirmados, ao menos 226 já tiveram resultado positivo para o vírus em exames laboratoriais. O novo balanço abrange dados desde outubro de 2015, momento em que o Brasil declarou emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de bebês recém-nascidos com suspeita de microcefalia, até 11 de junho deste ano.
Neste período, também foram confirmadas 73 mortes de bebês com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central. Em geral, o ritmo de novos casos de microcefalia diminuiu neste ano se comparado a 2015. Por outro lado, têm crescido o número de casos já confirmados e descartados. Os relatórios do Ministério da Saúde são divulgados todas as terças-feiras.
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