(O Globo, 06/07/2016) Medida destina R$ 420 milhões para ações contra transmissor de zika e dengue.
Após semanas sem votações no plenário, a Câmara aprovou, nesta terça-feira, uma Medida Provisória (MP) que destina R$ 420 milhões do Orçamento da União para medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus zika, causador da microcefalia, e também da dengue e chicungunha.
Desse montante, R$ 300 milhões foram destinados para a compra de repelentes para grávidas beneficiárias do Bolsa Família, iniciativa que está dentro do plano de combate à microcefalia e foi anunciada pelo governo, ainda o da presidente afastada Dilma Rousseff, em janeiro deste ano. A MP agora segue para apreciação do Senado.
O PT, que estava em obstrução para evitar a votação do projeto que altera regras de exploração do pré-sal, decidiu votar a MP do combate à microcefalia. Depois de serem criticados por partidos da base de Temer, petistas reagiram, dizendo que, como a MP já está em vigor, nada impediria que o governo usasse o dinheiro para o combate ao vírus zika.
A Câmara estava sem votar desde o dia 21 de junho, por conta do prolongamento das festas de São João, que fez com que a Casa ficasse vazia por duas semanas seguidas. Apesar do “esforço concentrado” que o presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) havia anunciado para esta semana, ela já começou com o cancelamento da sessão de ontem. No dia 18 de julho, começará o recesso branco do Congresso, que só voltará a funcionar em agosto. Isso também atrasará o julgamento do caso de Eduardo Cunha no plenário, o que só acontecerá em agosto.
Por Letícia Fernandes
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