(HuffPost Brasil, 06/07/2016) Literalmente, não foi fácil. Mas ela conseguiu.
Lorrayne Isidoro enfrentou diversos obstáculos para chegar até a Olimpíada Internacional de Neurociências. Ela conquistou a 18º colocação entre os 25 competidores.
A estudante de apenas 17 anos, do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Pedro II, instituição pública de Engenho Novo, representou o Brasil na 2016 Brain Bee World Championship, realizada na última semana, em Copenhague, na Dinamarca.
Quem acompanhou a trajetória da garota sabe que antes mesmo de chegar ao país estranho ela driblou adversários difíceis: estudou a vida inteira em escola pública, fez cursos de verão enquanto seus amigos brincavam, estudava com materiais da pós-graduação, aprendeu sozinha a falar inglês e francês, precisou fazer uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar dinheiro para a viagem, já que sua família não tinha condições financeiras, e a Polícia Federal precisou emitir um passaporte de emergência para que ela pudesse chegar à Dinamarca.
Em entrevista ao O Globo, Camilla Marra, a orientadora de Lorrayne, contou que a participação no evento, que permitiu a troca de experiências com vários pesquisadores e jovens estudantes, foi sua maior conquista. E a brasileira não fez por menos. Na prova de Clínica Geral, que abordava o diagnóstico de doenças, a menina do Engenho Novo ficou em 2º lugar.
“Nesta prova de Clínica, ela só errou uma questão. As provas eram de altíssimo nível, todas em inglês e com perguntas orais. E as notas obtidas pelos candidatos eram todas muito próximas. Independente da colocação, foi uma experiência incrível para ela e para nós, que estávamos acompanhando. Foi um imersão acadêmica e cultural que ela vai levar para o resto da vida.”
A garota conseguiu a vaga para representar o Brasil no evento internacional em maio, quando foi a primeira colocada na IV Olimpíada Brasileira de Neurociências (Brazilian Brain Bee), em São Paulo.
Ana Beatriz Rosa
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