(Estadão, 18/07/2016) O Brasil registrou este ano 165.932 casos de zika. A doença está presente em todas as regiões do País. De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Saúde com dados até o início de junho, os casos da infecção estão espalhados em 1.850 municípios.
A maior incidência ocorre no Centro-Oeste. Nos Estados da região, a média registrada é de 163 casos para cada 100 mil habitantes. No Mato Grosso, a relação é de 612 casos para cada 100 mil, o dobro do que é registrado na Bahia (com 305,4 casos por 100 mil habitantes).No Rio, a incidência é de 278 casos por 100 mil.
Os números de zika superam os de chikungunya, outra infecção provocada pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti. Dados do boletim indicam ter ocorrido no País, neste ano, 137.808 casos da doença. Casos suspeito foram registrados em 2.054 municípios. A maior incidência é no Nordeste, com uma média de 213 casos a cada 100 mil habitantes. O que chama a atenção de autoridades sanitárias é o expressivo número de mortes relacionada à doença, como o Estado já havia informado, em abril deste ano.
A doença, até há pouco considerada com risco pequeno de morte, já teve 17 óbitos laboratorialmente confirmados. A maior parte (7) identificada em Pernambuco. Houve ainda um óbito na Paraíba, 2 no Rio, 4 no Rio Grande do Norte , 1 no Maranhão e 2 no Ceará. O governo montou uma equipe para tentar investigar as causas das mortes.
O boletim divulgado traz ainda os números de dengue, que superam 1,34 milhão de casos. Dezenove Estados apresentam indicadores de epidemia da doença (mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes). A maior incidência ocorreu em Minas (2.393,9 casos a cada 100 mil habitantes). No Rio Grande do Norte, os números também impressionam: 1.434,9 casos por cada 100 mil.
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