(Profissão Repórter, 03/08/2016) Atenção à saúde mental da mulher deve ser acompanhada na gravidez. O apoio dos parceiros e da família são importantes no processo de cura.
Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, mostrou que uma em cada quatro mulheres sofre de depressão pós-parto no Brasil.
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O psiquiatra Joel Rennó coordena o programa de saúde mental da mulher do Hospital das Clinicas e explica como a doença pode ser identificada. “Nós temos vários sintomas que compõem a depressão pós-parto. Tristeza, desânimo, fadiga, alterações do apetite, pensamentos de conteúdo negativo, muitas vezes de culpa. Depressão não diagnosticada na gestação é responsável, em média, por 50% dos quadros de depressão pós-parto. Mulheres que tiveram depressão pós-parto no nascimento de outros filhos, ou têm histórico familiar ou pessoal de depressão em outros períodos de vida, também têm o risco aumentado”.
A Associação Brasileira de Psiquiatria recomenda que as gestantes respondam a um questionário com dez perguntas conhecido como Escala de Edimburgo. O método foi criado na Escócia para ajudar no diagnóstico precoce da depressão pós-parto e é o mais utilizado no mundo. A cada resposta é atribuída uma pontuação. Os especialistas consideram que as mulheres que somam 12 pontos ou mais apresentam sintomas de depressão.
Mesmo quem não tem depressão, pode vivenciar uma tristeza profunda nos dias seguintes ao parto. O puerpério é o período pós-parto em que a mulher passa por alterações físicas e emocionais. É nessa fase que pode acontecer o chamado “baby blues”: uma tristeza passageira causada por mudanças hormonais. Se continuar, pode ser sinal de depressão e deve ser tratada.
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