Teste sorológico IgM/IgG identifica se paciente já foi infectado por zika ao detectar anticorpos e foi incluído na tabela do SUS nesta segunda.
Ministério da Saúde distribuiu 1,3 milhão de testes rápidos contra o vírus da zika e promete enviar mais 2,2 milhões até o final deste ano. Nesta segunda-feira, a pasta incluiu o produto para diagnosticar zika na tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.
(G1/Bem Estar, 03/04/2017 – acesse no site de origem)
A pasta já tinha anunciado, no ano passado, a compra desses 3,5 milhões de kits do teste rápido do tipo IgM/IgG que seriam distribuídos para estados e municípios. Trata-se de um teste sorológico capaz de detectar os anticorpos contra o vírus presentes no organismo e diagnosticar a infecção mesmo depois de o vírus já ter sido eliminado. O exame leva 20 minutos para informar o resultado.
Antes, o único teste disponível no SUS era o PCR, de biologia molecular. O método consiste em multiplicar a quantidade de RNA do vírus na amostra coletada, ou seja, amplificar o material genético do vírus para que seja possível identificá-lo quimicamente. A limitação do teste molecular é que ele só é capaz de detectar a presença do vírus em um período muito curto de tempo.
Os 3,5 milhões de kits de testes foram comprados do laboratório público Bahiafarma por R$ 119 milhões. O desenvolvimento do teste rápido foi resultado de uma parceria entre o governo da Bahia e a empresa Genbody Inc., da Coreia do Sul, que fez um acordo de transferência de tecnologia para a Bahiafarma.
A distribuição ocorrerá, de acordo com o ministério, conforme a demanda de cada estado: leva em consideração as taxas de incidência do zika, de prevalência da microcefalia e sua proporção de nascidos vivos.
O governo federal também informou que as Secretarias de Estado da Saúde (SES) são as responsáveis pelo recebimento, armazenamento e distribuição aos municípios e Unidade de Saúde que atendam ao grupo prioritário. Neste primeiro momento, os testes deverão ser feitos, prioritariamente, nas maternidades, UPAS e policlínicas.