Especialistas na área de arquitetura e planejamento urbano vêm discutindo sobre as diferenças no modo como homens e mulheres usufruem do espaço das cidades. Eles mostram que problemas envolvendo mobilidade, acessibilidade e segurança pública, embora atinjam a todos, atingem as mulheres de modo mais intenso.
(Revista Trip, 24/04/2017 – Acesse o site de origem)
São Paulo, como uma metrópole modernista, prioriza a lógica do “ir e vir do trabalho”, obrigando quem mora em regiões afastadas do centro a se deslocar por horas em um trânsito caótico. Esse cenário se torna pior em relação à maioria das mulheres que, além do trabalho produtivo, são responsáveis pelo trabalho reprodutivo. Elas realizam trajetos que não integram a lógica da metrópole, como ir ao mercado, levar os filhos à escola, ao médico, entre outras tarefas ligadas ao cuidado da família.
Foto: Carolina Ito