Ao menos um terço dos funcionários das Nações Unidas sofreu assédio sexual no interior do organismo nos últimos dois anos, segundo uma primeira pesquisa sobre o tema, publicada nesta terça-feira (15).
(UOL, 16/01/2019 – acesse no site de origem)
O secretário-geral da ONU, António Guterres, avaliou que a pesquisa traz “algumas estatísticas alarmantes e evidencia que se deve mudar” para melhorar o ambiente de trabalho da organização.
Um a cada três entrevistados – 33% – relatou ao menos uma situação de assédio sexual nos últimos dois anos, mas este número sobe para 38,7% para os que informaram sobre algum tipo de assédio sexual durante todo o tempo de atuação nas Nações Unidas.
O tipo mais comum de assédio são as histórias ou brincadeiras sexuais ofensivas, ou comentários ofensivos sobre a aparência, o corpo ou atividades sexuais.
Mas os funcionários também foram objeto de gestos ofensivos, toques e tentativas indesejadas de discutir temas sexuais.
A pesquisa revela ainda que 1/3 dos assédios foi praticado por mulheres, e um a cada quatro, por supervisores ou gerentes.
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A taxa de resposta à pesquisa foi moderadamente baixa, de 17%, com 30.364 funcionários completando um questionário confidencial online.
Guterres declarou que os índices são comparáveis aos de outras organizações, mas que as Nações Unidas – que defendem igualdade, dignidade e direitos humanos – devem estabelecer um padrão mais elevado.