A demora para aprovar projetos sobre o atendimento às vítimas de violência durante a pandemia é responsabilidade da bancada fundamentalista. Só no último dia 7 de julho, quase quatro meses depois da interrupção de vários serviços e instituição do trabalho remoto por causa da necessidade do isolamento social, foi sancionado o primeiro projeto que trata do funcionamento de equipamentos e serviços de enfrentamento à violência contra as mulheres, como casas abrigos, delegacias especializadas e outros. O PL 1291/2020, apresentado por 32 deputadas, agora é a Lei 14.022/2020.
Essa lentidão tem a ver com a falta de prioridade do tema no Congresso – a baixa representação feminina contribui muito para isso – e a ação de um grupo de parlamentares que, desonestamente, tenta confundir a rede de atendimento às mulheres que sofrem violência com a justa demanda pela legalização do aborto.