“Por que no Brasil vocês precisam buscar essa referência nos EUA? Eu aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês poderiam aprender comigo”, questionou Davis em 2019
A professora e filósofa feminista Angela Davis, 75, que é vista como ícone do feminismo negro no mundo, repetidamente recusa este lugar. Em 2019, quando veio ao Brasil lançar o livro Uma Autobiografia, publicado originalmente em 1974 nos Estados Unidos, disse se sentir “estranha” por ser escolhida para este papel também no Brasil.“Por que aqui no Brasil vocês precisam buscar essa referência nos Estados Unidos? Eu acho que aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês poderiam aprender comigo”, disse, durante uma palestra em São Paulo.Sempre que tem oportunidade, Davis cita a antropóloga Lélia Gonzalez, morta em 1994, em seus discursos. Segundo ela, Lélia, que foi uma das criadoras do MNU (Movimento Negro Unificado) e autora de livros como O Lugar do Negro (1982) já pensava o conceito de interseccionalidade muito antes do termo se popularizar na academia. O termo é utilizado para explicar a sobreposição de preconceitos de raça, gênero e classe em sociedade.
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