(O Estado de S. Paulo, 27/01/2016) Discriminação foi a principal reclamação, seguida por violência psicológica, física e negligência
Durante o ano passado, o telefone do Disque 100 tocou 1.983 vezes para relatos de denúncias contra a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) – um aumento de 94% em relação a 2014.
O número foi divulgado nesta quarta-feira, 27, na apresentação do balanço anual de atendimentos sobre violações de direitos humanos pelo governo.
A discriminação foi a principal reclamação (53%) dos LGBT, seguida por violência psicológica (26%), física (11%) e negligência (2%). Quase metade (47%) dos casos de homofobia e “transfobia” aconteceu em sites de redes sociais.
As vítimas são, em maioria, homens gays negros e pardos, entre 18 e 30 anos. Para buscar os responsáveis, as denúncias são encaminhadas a órgãos como centros de referência de combate à homofobia, a Defensoria Pública e o Ministério Público. Até o momento, porém, apenas 7,4% dos casos tiveram respostas efetivas, identificando os agressores.
“A maioria ainda está em andamento”, informou a ouvidora nacional de Direitos Humanos, Irina Karla Bacci.
Luísa Martins
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