(G1, 16/07/2015) Procedimento aconteceu na tarde da quarta-feira (15), na Evangelina Rosa. Vítima estava grávida de oito semanas e vai passar por acompanhamento.
A criança de 12 anos que engravidou após ser abusada pelo tio realizou na tarde dessa quarta-feira (15) o procedimento de aborto na Maternidade Dona Evangelina Rosa, Zona Sul de Teresina. Segundo a conselheira tutelar Socorro Arraes, a família da vítima cogitou desistir da intervenção um dia antes, mas a vítima acabou decidindo pela interrupção da gravidez.
“Na terça-feira a família da garota falou em cancelar o aborto, mas quando foi na manhã de quarta-feira a mãe da vítima me ligou e contou que ela decidiu fazer o procedimento. Encaminhei uma equipe do Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social], com psicólogo e assistente social até a casa onde elas estavam hospedadas”, relatou.
Socorro Arraes revelou que mãe e filha choraram bastante e a garota estava com o psicológico abalado, mas decidida pela intervenção da gravidez de oito semanas. A conselheira levou pessoalmente as duas ainda na tarde de quarta-feira até a maternidade e já agendou uma visita nesta sexta-feira (16) após a alta hospitalar da garota.
“Temos que ver o lado emocional, porque o procedimento vai mexer com o corpo dela todo. A vida dela nesse momento encontra-se de cabeça para baixo e a garota precisa de acompanhamento. Vamos encaminhá-la para programas que acompanham vítimas de abuso, como a Casa de Zabelê”, destacou.
O tio suspeito de estuprar e engravidar a própria sobrinha foi preso na noite de quinta-feira (9), na casa de um familiar na cidade de Barras, Norte do Piauí. Segundo a polícia, ele não apresentou resistência e chegou a declarar que assumiria o bebê.
Nota Sesapi
A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapai) informou por meio de nota que a menina encontra-se internada na Maternidade Dona Evangelina Rosa e está sob cuidados médicos e recebendo total assistência de uma equipe multiprofissional e todos os procedimentos legais necessários estão sendo tomados.
O órgão informou também que todas as informações sobre tais procedimentos devem ser mantidas em sigilo, por se tratar de uma menor protegida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Catarina Costa
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