Direitos reprodutivos: o que há além da pauta do aborto?, por Luiza Brazuna

10 de junho, 2025 Outras Palavras Por Luiza Brazuna

Chile reacende debate sobre aborto na América Latina com PL que pode tornar procedimento legal no país. Mas o que há por trás e além da pauta?

O Congresso do Chile está prestes a debater um novo PL que pode tornar o aborto legal sob demanda em todo o país. O debate na América Latina está, hoje, dividido: países como México e Argentina oferecem amplo acesso à interrupção da gravidez, enquanto um caso na Suprema Corte do Brasil que busca expandir o acesso está paralisado há oito anos. Ainda assim, a legislação ainda é muito limitada na região, que em grande parte – como o Brasil – só permite o aborto em casos de estupro ou incesto, inviabilidade fetal ou risco à vida da mulher.

No caso brasileiro, mesmo já sendo tão limitado, o direito ao aborto continua sendo atacado pela ultradireita. Em 2024, o chamado “PL do Estuprador” pretendia proibir todo tipo de aborto no Brasil, além de penalizar a vítima. Em entrevista ao Outra Saúde, a médica e diretora do Cebes, Ana Maria Costa, lembrou que esses projetos submetem as mulheres a uma espécie de tortura psicológica. Afinal, tratam-se de projetos de vida que são destruídos sem o acesso ao aborto.

Também em 2024, através do seu Observatório do SUS, a Fiocruz reuniu importantes figuras do campo da saúde pública para debater o acesso ao aborto legal no SUS. Ao longo da discussão, as autoridades analisaram o contexto da vida de quem busca o aborto legal. Atacaram o moralismo com que a classe política, sobretudo a ultradireita, trata o assunto, fazendo do tema muito mais uma alavanca política e eleitoral do que uma questão propriamente de saúde e direitos fundamentais.

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