Ministério da Saúde mapeia casos de microcefalia no País

18 de maio, 2016

(Portal Brasil, 18/05/2016) Dos 7.534 casos suspeitos, 2.818 foram descartados; dados são do Informe Epidemiológico de Microcefalia.

O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (18), o diagnóstico de 1.384 casos de Microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o País.

Os dados são do Informe Epidemiológico de Microcefalia, que reúne as informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde até o dia 14 de maio.

No total, foram notificados 7.534 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 3.332 permanecem em investigação. Outros 2.818 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso.

Distribuição geográfica

Os 1.384 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 499 municípios, localizados em 26 unidades da federação. Não existe registro de confirmação apenas no Estado do Acre. Desses casos, 207 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

Em relação aos óbitos, no mesmo período, foram registrados 273 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no País. Destes, 59 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 177 continuam em investigação e 37 foram descartados.

Prevenção

O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos Estados, e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 14 de abril de 2016 

Regiões e Unidades Federadas

Casos  de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita

Total acumulado (1) de casos Notificados de 2015 a 2016

Em investigação

Confirmados

(2,3)

Descartados

(4)

Brasil

3.332

1.384

2.818

7.534

Alagoas

75

65

149

289

Bahia

650

243

205

1.098

Ceará

220

97

164

481

Maranhão

90

117

45

252

Paraíba

338

125

418

881

Pernambuco

555

354

1038

1.947

Piauí

23

76

64

163

Rio Grande do Norte

266

106

50

422

Sergipe

142

50

39

231

Região Nordeste

2.359

1.233

2.172

5.764

Espírito Santo

86

11

45

142

Minas Gerais

48

3

55

106

Rio de Janeiro

282

55

108

445

São Paulo

164a

8 b

107

279

Região Sudeste

580

77

315

972

Acre

21

0

17

38

Amapá

4

6

1

9

Amazonas

10

4

5

19

Pará

28

1

0

29

Rondônia

3

4

7

14

Roraima

9

8

7

24

Tocantins

103

5

28

136

Região Norte

176

28

65

269

Distrito Federal

3

5

33

41

Goiás

68

14

52

134

Mato Grosso

112

15

89

216

Mato Grosso do Sul

2

2

14

18

Região Centro-Oeste

185

36

188

409

Paraná

6

4

27

37

Santa Catarina

0

1

4

5

Rio Grande do Sul

26

5

5

47

Região Sul

32

10

78

120

1. Número cumulativo de casos notificados que preenchiam a definição de caso operacional anterior (33 cm), além das definições adotadas no Protocolo de Vigilância (a partir de 09/12/2015) que definiu o Perímetro Cefálico de 32 cm para recém-nascidos com 37 ou mais semanas de gestação e demais definições do protocolo.

2. Apresentam alterações típicas: indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, dilatação dos ventrículos cerebrais ou alterações de fossa posterior entre outros sinais clínicos observados por qualquer método de imagem ou identificação do vírus Zika em testes laboratoriais.

3. Foram confirmados 205 casos por critério laboratorial específico para vírus Zika (técnica de PCR e sorologia).

4. Descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas confirmada por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos.

a. Conforme informado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo 163 casos se encontram em investigação para infecção congênita. Desses, 40 são possivelmente associados com a infecção pelo vírus Zika, porém ainda não foram finalizadas as investigações.
b. 01 caso confirmado de microcefalia por Vírus Zika em recém-nascido com local provável de infecção em outra UF.

Fonte: Ministério da Saúde

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