As taxas de microcefalia e alguns outros problemas congênitos foram 20 vezes maiores em gestações afetadas pelo zika em comparação com gestações em anos anteriores à chegada do vírus nas Américas, disseram pesquisadores norte-americanos nesta quinta-feira (2).
(UOL, 03/03/2017 – acesse no site de origem)
O aumento enfatiza o risco contínuo de zika durante a gravidez, disseram pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).
O estudo, publicado em um relatório do CDC, examinou as taxas de problemas de nascimento em Massachusetts, Carolina do Norte e Geórgia em 2012-2013 – antes da chegada do Zika nas Américas. Eles acompanharam o número de defeitos congênitos comumente vistos entre bebês afetados pelo zika, incluindo anormalidades cerebrais e pequeno tamanho da cabeça ou microcefalia, defeitos no olho e outros problemas do sistema nervoso central.
Durante esses anos, defeitos congênitos nessa lista ocorreram em cerca de 3 a cada 1.000 nascimentos.
Eles compararam isso com as taxas publicadas de bebês a partir do registro de zika em 2016 nos EUA e descobriram que as taxas desses mesmos defeitos de nascimento eram 20 vezes maiores, ocorrendo em quase 60 a cada 1.000 gestações concluídas com infecções por zika.
O CDC continua a recomendar que as mulheres grávidas evitem viajar para áreas com zika, e as mulheres grávidas que vivem nestas áreas devem tomar medidas para se proteger contra a infecção.