Maternidade investiga mensagens de médica que disse que aborto legal de menina de 12 anos, vítima de estupro no PI, era crime

11 de janeiro, 2024 g1 Por Maria Romero

Em posts da rede social, profissional disse que “como cristã”, se questionou sobre o caso. A menina foi vítima de estupro em São Raimundo Nonato, Sul do Piauí, e foi transferida à capital para passar pelo procedimento e poder interromper a gestação. O padrasto da menina é procurado suspeito do crime.

A direção da nova Maternidade Dona Evangelina Rosa, localizada na Zona Leste de Teresina, apura a conduta de uma médica que publicou no X (antigo Twitter), no dia 6 de janeiro, mensagens sobre um aborto legal ocorrido na unidade de saúde. A paciente é uma menina de 12 anos, vítima de estupro.

Até a última atualização desta reportagem, a maternidade não se manifestou oficialmente sobre o caso. O g1 não identificou a profissional, que não teve seu nome divulgado e, por isso, não conseguiu contato com ela.

A violência sexual aconteceu em São Raimundo Nonato, Sul do Piauí, e está sendo investigada desde o fim de 2023, quando a avó paterna da vítima fez a denúncia à polícia.

Após descoberto o estupro e a gestação, a menina e a família foram encaminhados a Teresina, para o procedimento de interrupção da gestação.

Uma médica, que não foi identificada, publicou nas redes sociais algumas mensagens sobre o procedimento, mencionando a idade da menina e dizendo que, “como cristã”, questionava o procedimento.

Após repercussão do caso na própria rede, ela apagou a postagem inicial, mas afirmou: “Só não posso dizer que achei tudo de boa e que foi super tranquilo, porque não foi. Foi pesado. Chorei escondida, pensando em todas as mazelas envolvidas: uma menina vítima de uma crime, uma gestação não desejada, um bebê morto que foi pro lixo”.

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