24/08/2010 – Candidatos encaram temas polêmicos em TVs católicas (Estadão.com)

25 de agosto, 2010

(Estadão.com) Em debate promovido em São Paulo pelas emissoras católicas TV Canção Nova e Rede Aparecida, os presidenciáveis José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) responderam a questões polêmicas de interesse da Igreja, como aborto, castidade, homossexualidade, educação religiosa e fé em Deus. A reportagem do Estadão destacou que os candidatos foram cuidadosos ao responder e que a candidata do PT, Dilma Rousseff, avisara com antecedência que não iria comparecer.

Aborto

O candidato do PSOL optou por ler um texto sobre sua posição acerca do aborto; defendeu um debate com a sociedade e se colocou, com muita cautela, a favor da interrupção da gravidez nos primeiros meses de gestação. “Não tenho direito de impor condutas. A decisão cabe à mulher”, disse Plínio.

Marina Silva voltou a afirmar que, se eleita, fará um plebiscito sobre o aborto, mas não deixará de defender sua posição contrária à interrupção da gravidez. “A vida é um valor inegociável”, disse Marina, que defendeu um debate “sem preconceito ou satanização”.

José Serra afirmou ser contra o procedimento e disse que não faria plebiscito sobre o tema “de jeito nenhum”.

Castidade e prevenção à Aids

Sobre a inclusão de campanhas pela castidade entre solteiros e fidelidade entre casados nos programas de combate à Aids, Serra mostrou-se simpático à ideia. “Não terei a menor dificuldade de dizer que não é bom o sexo precoce e fazer campanha pelo ”monogamismo”. Isso ajuda a combater a doença”, afirmou o tucano.

“Não sei se o Estado vai fazer campanha pela castidade, mas as pessoas podem sim tomar essa decisão. As Igrejas podem se posicionar, mas as pessoas têm direito de agir como preferirem. Ninguém pode incluir em sua preleção a discriminação”, disse Marina.

Homofobia

Os candidatos foram questionados sobre um projeto de lei que tramita no Congresso e pode tornar crime a homofobia. Na interpretação da Igreja Católica, a lei também proibiria a pregação da Igreja contra a homossexualidade.

José Serra e Plínio Sampaio declararam desconhecer esse viés e se colocaram contra a discriminação. “Nenhum de vocês duvide da minha fé, mas sou contra discriminação. Nenhum brasileiro pode ser humilhado”, afirmou Plínio.

Serra, afirmou que “a preferência sexual não pode ser objeto de discriminação, perseguição ou humilhação”, mas que os religiosos têm direito de “considerar que, dentro de sua Igreja deve-se pregar contra o homossexualismo”.

Veja matéria na íntegra: Candidatos encaram temas polêmicos em TVs católicas (Estadão.com – 24/08/10)

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