(Uol/ECOA| 13/06/2022 | Por Anielle Franco)
Na mesma semana em que recebemos com revolta a notícia de um documento criminoso do Ministério da Saúde, que desrespeita anos de luta por direitos sexuais e direitos reprodutivos das mulheres brasileiras, também fomos surpreendidos com duas tristes histórias de mulheres que, ao tentarem ter seu direito garantido, sofreram não apenas o constrangimento, mas o ataque às suas próprias vidas, por culpa de políticos e de um judiciário covarde e “pró-morte”, que insiste em negligenciar e desrespeitar a vida e os direitos das mulheres brasileiras.
A história de uma mulher de 33 anos, que descobriu que estava grávida em agosto de 2021 e teve uma peregrinação por todo Brasil para conseguir o direito ao aborto. A gestação era fruto de uma violência sexual, onde a relação começou com seu consentimento, mas durante o ato, seu parceiro retirou a camisinha e agrediu a mesma, configurando-se portanto como um caso de estupro. Além de estupro, o ato de retirar o preservativo sem o consentimento de sua parceira também é crime no Brasil e considerado fraude.