Roraima lidera ranking de taxa de fecundidade entre meninas de 10 a 14 anos

Mulher indígena com bebê em frente ao Hospital de Campanha Yanomami montado na Casa de Saúde Indígena – Casai. Foto: Ravena Rosa/Agência Brasil

Mulher indígena com bebê em frente ao Hospital de Campanha Yanomami montado na Casa de Saúde Indígena – Casai. Foto: Ravena Rosa/Agência Brasil

24 de maio, 2023 Gênero e Número Por Schirlei Alves e Marcella Semente

Entre 2017 e 2021, Roraima também foi o único estado brasileiro que não apresentou queda na taxa de fecundidade entre meninas

“A minha mãe me treinou a não gritar para não ser discriminada no hospital”. Essa foi a resposta que a professora do curso de Ciências Sociais e pesquisadora do Grupo de Estudos Interdisciplinares sobre Fronteiras (Geifron), na Universidade Federal de Roraima (UFRR), Márcia Maria de Oliveira, recebeu de uma menina indígena, de nacionalidade venezuelana, que recém havia completado 14 anos.

A adolescente deu à luz um bebê por parto vaginal, em completo silêncio, no Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Nazaré, em Boa Vista (RR). A cena, que chocou a professora, foi presenciada em agosto de 2022, durante uma pesquisa de campo com imigrantes.

Levantamento feito pela Gênero e Número revela que Roraima lidera o ranking de taxa de fecundidade entre meninas de 10 a 14 anos no Brasil, seguida por outros quatro estados da região Norte: Amazonas, Acre, Pará e Amapá. Entre 2017 e 2021, Roraima foi o único estado brasileiro que não apresentou queda na taxa de fecundidade entre meninas nessa faixa etária.

A taxa é calculada a partir de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, e da Projeção de População (IBGE).

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