(EBC, 30/07/2015) Você sabia que existe um procedimento de profilaxia adotado toda vez que uma pessoa de alguma forma se expõe a um possível contágio de HIV? A portaria “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV” publicada na última semana Diário Oficial da União pretende simplicar o acesso nos serviços de saúde, assim como o procedimento para o profissional de saúde na hora do atendimento. O novo protocolo integra os três tipos já existentes: violência sexual, acidente ocupacional e relação sexual consentida.
A nova profilaxia passa a valer no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda este mês. O documento recomenda a redução do tempo de acompanhamento do tratamento de seis para três meses. Para dar mais esclarecimentos sobre o assunto, o Revista Brasil desta terça-feira (29) conversou com o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.
Segundo ele, o que está sendo feito é unificar os protocolos existentes em um protocolo único: “porque tanto faz, se você se expôs por uma contaminação de agulha, por uma violência sexual, ou por um acidente de estourar uma camisinha o seu risco de contrair HIV é o mesmo e a medida de tratamento é a mesma.” Ele esclarece que o protocolo recomenda que os medicamentos utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus, embora o ideal seja logo após a exposição.
O diretor informa ainda que em Vancouver, no Canadá, durante a conferência internacional de Aids, a OMS anunciou que vai adotar um novo protocolo de tratamento inspirado no protocolo que o Brasil desenvolve desde dezembro de 2013.
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