Semsa descarta oito casos de microcefalia por zika em Manaus

28 de abril, 2016

(G1/AM, 28/04/2016) Combate de focos de Aedes aegypti é a principal arma contra a doença. Seis casos estão em investigação na capital.

A suspeita de que o vírus da zika tenha causado oito casos de microcefalia em Manaus foi descartada. A informação foi divulgada no Informe Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), na quarta-feira (27). A capital permanece com apenas um caso confirmado de microcefalia relacionado ao zika e seis casos estão em investigação.

De acordo com a Semsa, quatro crianças que nasceram com sintomas de microcefalia não tiveram como causa o vírus e mais quatro casos foram descartados devido ao perímetro cefálico estar do tamanho normal.

O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, destacou que 4.478 denúncias de focos do Aedes, foram recebidas pelo Disque Saúde da Semsa (0800 280 8 280). Destes, 4.126 locais já foram inspecionados.
“A Vigilância Sanitária também tem autuado vários locais de risco de proliferação do mosquito. Já foram realizadas 860 inspeções e 105 proprietários de imóveis já foram multados”, disse o secretário por meio de assessoria.

Homero ressaltou também que a Semsa tem uma grande procura de pessoas que querem participar do curso de Brigadas contra o Aedes. “Já temos 1.569 brigadas formadas, com 7.879 pessoas capacitadas para nos ajudar de forma voluntária na detecção de focos e eliminação imediata. Isso tem contribuído bastante para evitar uma epidemia da doença na cidade e, principalmente, casos de microcefalia. A guerra é diária e o prefeito Arthur Neto determinou que não medíssemos esforços para eliminar o mosquito”, destacou.

Notificações
Foram notificados 3.178 pessoas com suspeita de zika e 511 casos foram confirmados, 1.384 descartados e 1.283 estão em investigação, aguardando resultado de exame laboratorial. Do total dos casos notificados, 625 são de grávidas. Destes, 121 foram confirmados, 241 foram descartadas e 263 permanecem em investigação.

“Como o zika está relacionado no Brasil com o aumento dos casos de microcefalia, sua prevenção é ainda mais importante para as mulheres que estão tentando engravidar e para aquelas que já estão grávidas. É preciso tomar medidas que impeçam a proliferação do mosquito, que são as mesmas utilizadas para prevenir a dengue, e usar repelente diariamente para se proteger”, orientou o secretário.

Os sintomas do zika são semelhantes aos da dengue, que incluem febre, dor de cabeça, dor nas articulações e manchas vermelhas na pele e nos olhos. O tratamento é feito com remédios analgésicos, anti-inflamatórios e colírios, sendo proibido o uso de medicamentos com ácido acetilsalicílico, assim como acontece nos casos de dengue.

Homero alertou que aos primeiros sintomas, o paciente deve buscar uma unidade de saúde para orientações. “Se o paciente começar a ter os sintomas deve evitar o uso de medicação sem indicação médica, principalmente para baixar a febre, reforçar o consumo de líquidos e procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de casa”, disse Homero de Miranda Leão.

Primeiro Caso de microcefalia
Um bebê que nasceu no dia 10 de abril, na Maternidade Ana Braga, com perímetro cefálico de 28 centímetros foi o primeiro caso confirmado de microcefalia transmitida por zika em Manaus. A mãe, de 18 anos, adquiriu a doença em Boa Vista (Roraima), aos dois meses de gravidez e chegou à capital amazonense com cinco meses. A Semsa está dando todo o apoio e acompanhamento tanto para mãe quanto para a criança nas unidades de saúde.

A criança está sendo atendida pelos pediatras e equipe profissionais do Ambulatório de Seguimento do Bebê de Alto Risco indicado pela Semsa.

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