(Estadão, 25/06/2016) Um bebê nascido com o perímetro cefálico dentro da normalidade e cuja mãe foi infectada pelo vírus da zika durante a gestação manifestou sequelas graves provocadas pela infecção somente seis meses depois do nascimento. O caso foi relatado em artigo escrito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e publicado nesta quarta-feira, 24, no periódico The New England Journal of Medicine.
Segundo o estudo, a criança nasceu em janeiro de 2016, em São Paulo, com 32,5 centímetros de perímetro cefálico e sem sinais aparentes de má-formação. Exames de imagem feitos no menino, no entanto, apontaram redução de estruturas cerebrais e calcificações, características da microcefalia.
Quando a criança foi examinada com quase dois meses de vida, não foram detectadas anormalidades ou doença visíveis. Seis meses após o parto, porém, foram observadas sequelas como atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, perda de força muscular e dificuldade de locomoção. O vírus permaneceu no organismo do bebê por mais de dois meses após o nascimento, segundo exames.
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