(Folha de S.Paulo) Uma parte da bancada religiosa no Congresso pretende criar um novo projeto de lei para criminalizar apenas agressões físicas a homossexais e se for negado acesso ao comércio ou ao trabalho. Agressões verbais não serão incluídas, de acordo com o senador evangélico Marcelo Crivella (PRB-RJ), defensor da elaboração de um novo texto.
Os religiosos temem não poder criticar a prática homossexual em suas pregações. Após conseguir a suspensão do kit anti-homofobia, parlamentares evangélicos e católicos querem “enterrar” a atual proposta de criminalização da homofobia, que está em tramitação no Senado.
Defendido pela senadora Marta Suplicy (PT-SP), o projeto ficou paralisado e Marta chegou a propor emenda para garantir liberdade de críticas, mas evangélicos não ficaram satisfeitos. “Queremos começar uma nova proposta, do zero, sem as aberrações do Projeto de Lei 122 [que tramita hoje no Senado]”, afirmou o senador Marcelo Crivella.
Nenhum avanço
“Agressão já é crime, não importa contra quem. Do jeito que ele [Crivella] sugere, seria como ser proibido matar um negro, mas ser permitido ofendê-lo”, afirma Ideraldo Luiz Beltrame, presidente da Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo. Beltrame defende o projeto na íntegra.
Veja na íntegra: Bancada quer novo projeto sobre homofobia (Folha de S.Paulo – 03/06/2011)