09/08/2011 – Renda das mulheres sobe mais que a dos homens, mas eles continuam a ganhar mais

09 de agosto, 2011

(Folha.com) A renda das mulheres brasileiras subiu em velocidade maior do que a dos homens entre 2002 e 2011. Enquanto a alta para elas foi de 68,2%, a deles ficou em 43,1% no mesmo período. Os dados são de levantamento do Data Popular, que será divulgado nesta terça-feira durante o seminário “Tempo de Mulher”, em São Paulo.

O estudo, que considera dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE, mostra ainda que a massa de renda das mulheres passou de R$ 412,4 bilhões, em 2002, para R$ 693,5 bilhões neste ano.

“A mulher está estudando mais do que os homens, o que faz com que tenha um maior reconhecimento. Além disso, têm sido cada vez mais avaliada como uma profissional mais responsável e competente, o que também contribui para a sua valorização”, afirma Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto Data Popular.

Apesar de ter crescido mais, a renda das mulheres ainda é inferior à dos homens. Em São Paulo, eles ganharam R$ 8,94 por hora em 2010, enquanto elas faturaram R$ 6,72. Em Salvador, o rendimento dos homens ficou em R$ 6,50 e das mulheres em R$ 5,54. Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos).

Nível de satisfação 

O estudo do Data Popular mostra ainda que as empresárias são as mais realizadas profissionalmente. Questionadas se sentiam satisfeitas no trabalho, 65% responderam que sim. O percentual é menor entre as autônomas (50%), profissionais liberais (48%) e funcionárias públicas (48%). As trabalhadoras empregadas apresentaram o menor grau de satisfação, apenas 37%.

“Sem a possibilidade de flexibilizar o próprio tempo, para dividir horas de trabalho com momentos de lazer e com a família, as mulheres empregadas se tornam menos realizadas em relação àquelas que possuem maior independência, como as profissionais autônomas e às que administram seu negócio”, detalha o instituto.

Leia na íntegra: Renda das mulheres sobe 68% em 9 anos; homens ganham 43% mais (Folha.com – 09/08/2011)  

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