Matéria da jornalista Conceição Lemes, publicada no blog Viomundo, retrata a polêmica em torno da Portaria 4.159, do Ministério da Saúde, que estabelece o Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), como Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, para atuar como órgão auxiliar do Ministério.
Veja a Recomendação aprovada pelo pleno CNS acerca da portaria do Ministério da Saúde
Assinada em 21 de dezembro de 2010 pelo então ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a portaria estabelece que o IFF/Fiocruz seja responsável pelo desenvolvimento, coordenação e avaliação das ações integradas para a saúde da mulher, da criança e do adolescente no Brasil.
“É um absurdo que, no apagar das luzes de 2010, o Ministério da Saúde tenha emitido uma portaria que, na prática, transfere ao Fernandes Figueira as atribuições que até então eram da Área Técnica de Saúde da Mulher”, denunciou Telia Negrão, secretária-executiva da Rede Feminista de Saúde. “Uma decisão de caráter eminentemente político que ‘terceiriza’ responsabilidades governamentais, embora seja uma terceirização para um órgão público vinculado ao governo.”
Temporão defende que o IFF não se confunde com a Coordenação de Saúde da Mulher
Ele justificou que o IFF possui centenas de profissionais de saúde e pesquisadores plenamente capacitados para contribuir com o avanço das políticas públicas voltadas à mulher e à criança. “Não caberá ao IFF qualquer monopólio em relação ao tema. Toda e qualquer entidade ou instituição com experiência no tema pode e deve contribuir com o Ministério da Saúde nessa missão.”
O atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi procurado pelo blog, mas não deu entrevista.
Matéria na íntegra: Portaria do MS sobre a Área Técnica de Saúde da Mulher gera polêmica (Blog Viomundo – 12/04/2011)