(G1) O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (19) que “reforçou” a presidentes de comissões da Câmara críticas ao projeto que libera a chamada “cura gay”. A proposta foi aprovada nesta terça (18) na Comissão de Direitos Humanos da Casa e agora precisa passar pelas comissões de Seguridade Social e de Constituição e Justiça antes de ir ao plenário.
“Reforcei hoje ao presidente da Comissão de Seguridade e ao presidente da CCJ que não é correto um projeto de lei querer estabelecer cura para aquilo que não é doença”, disse Padilha. Para o ministro, os dois colegiados vão agir de “forma sensata”.
Padilha é o segundo ministro do governo da presidente Dilma Rousseff a se manifestar publicamente contra a proposta que determina o fim da proibição, pelo Conselho Federal de Psicologia, de tratamentos que se propõem a reverter a homossexualidade.
Nesta terça (18), a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, criticou a votação do projeto e disse que vai trabalhar para evitar que o texto seja aprovado em definitivo pelo Congresso Nacional. Depois da Câmara, o projeto ainda precisa passar pelo Senado.
Mais cedo nesta quarta, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), afirmou que Maria do Rosário, está “mexendo onde não devia”.
“Dona ministra Maria do Rosário, dizer que o governo vai interferir no Legislativo é muito perigoso. Principalmente porque ela mexe com a bancada inteira, feita não só por religiosos. O projeto foi votado por delegados, advogados”, afirmou.
O deputado lembrou que 2014 é ano eleitoral e disse que a ministra deveria ter “mais juízo”. “Para a ministra falar que vai colocar toda máquina do governo para impedir um projeto, acho que ela está mexendo onde não devia. Senhora ministra, juízo. Fale com a sua presidente, porque o ano que vem é político.”
Acesse em pdf: Ministro da Saúde diz não ser correto propor ‘cura’ para homossexuais (G1- 19/06/2013)
Leia também: Instituição que se dedicava à “cura gay” encerra atividades nos EUA (Folha de S.Paulo – 20/06/2013)