(Estadão.com) Um trabalhador assalariado homem ganha 25,7% mais, na média, do que uma mulher assalariada. Já o trabalhador, homem ou mulher, com curso superior ganha em média 220% mais do que quem não tem faculdade. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e referem-se a 2011, extraídos do Cadastro Central de Empresas (Cempre).
O salário médio do trabalhador homem foi de R$ 1.962,97, enquanto as mulheres tiveram remuneração de R$ 1.561,12. Do total de assalariados, 57,7% são homens e 42,3%, mulheres. Já os empregados com curso superior ganhavam R$ 4.135,06, contra R$ 1.294,70, na média dos trabalhadores sem faculdade.
Mesmo assim, o contingente de profissionais com nível superior representa apenas 17,1% do total dos trabalhadores assalariados. No entanto, a gerente de análise do Cempre, Denise Guichard Freire, destacou que tem crescido a participação dos empregados com superior completo. “Em 2011, teve mais gente com nível superior entrando no mercado de trabalho”, afirmou Denise, em entrevista coletiva, no Rio.
Segundo os dados do IBGE, em 2011, 27,6% dos 2,2 milhões de vínculos empregatícios criados foram ocupados por profissionais com nível superior. Em 2010, quando haviam sido criadas 2,8 milhões de vagas, apenas 18,1% foram ocupados por empregados de maior qualificação.
Com isso, apesar da defasagem, em dois anos, o abismo entre os salários de empregados por escolaridade caiu – em 2009, a diferença de salário entre trabalhadores com curso superior e sem era de 225%.
Por outro lado, o machismo ficou mais forte no mercado de trabalho – em 2009, homens ganhavam 24,1% mais. “O salário real tem crescido em atividades com predomínio dos homens, como construção civil e indústria extrativa”, completou Denise.
Pelos dados do IBGE, o Brasil tinha 5,129 milhões de empresas e outras organizações formais ativas em 2011, que empregam um total de 52,173 milhões de trabalhadores, sendo 45,184 milhões assalariados.
Acesse em pdf: Trabalhador com curso superior ganha em média 220% a mais (Estadão.com – 24/05/2013)