“Voltamos a uma visão materno-infantil da saúde das mulheres, quando já considerávamos que a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, surgida em 1983, parecia estar consolidada”, afirmou a cientista política Telia Negrão, secretária executiva da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, em nota distribuída à imprensa.
Para Telia Negrão, o programa “não abrange o conjunto de causas que leva as mulheres brasileiras a adoecer e morrer durante a gestação, o parto e o puerpério”.
Vítimas de violência sexual
Ainda segundo a organização, a presidenta não avançou no atendimento às vítimas de violência sexual. Os casos de abortos inseguros, de acordo com a nota, poderiam ser evitados se as mulheres tivessem maior acesso a serviços como acolhimento a vítimas de violência sexual e anticoncepção de emergência.
A Rede Feminista vai solicitar ao Ministério da Saúde um prazo maior para o debate da proposta, que tem orçamento previsto de R$ 9 milhões.
Veja o post na íntegra: Movimento de mulheres critica programa para gestantes lançado por Dilma (blog Estadão – 29/03/2011)
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“É profundamente doloroso que tenhamos que criticar a formulação e implantação de um programa do Ministério da Saúde voltado para nós mulheres. E o mais irônico e melancólico é que isto aconteça precisamente no momento em que temos um governo presidido por uma mulher com valorosa e digna trajetória política. devemos ficar tranquilas, esta rede tem poucas probabilidade de se consolidar, pois existem muitas dificuldades para a sua realização.”
Acesse esse post: Clair Castilhos: “Senhora presidenta, ouça as mulheres” (Blog Viomundo – 02/04/2011)