(Portal G1) Apenas 10% das mulheres de 18 a 24 anos que têm filhos estudam, segundo uma análise feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012, divulgada nesta sexta-feira (29). Entre as jovens da mesma faixa etária que não têm filhos, o índice aumenta para 40,9%.
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De acordo com o estudo, a maternidade também afeta a escolaridade de adolescentes. Entre meninas de 15 e 17 anos sem filhos, 88,1% estavam estudando quando a pesquisa foi feita. Para aquelas que tinham um filho ou mais, somente 28,5% estudavam; 68,7% delas não estudavam e nem completaram o ensino médio (fase escolar que deveriam estar cursando).
Em 2012, no caso das mulheres de 15 a 19 anos de idade com 8 anos ou mais de estudo, a presença de filhos era menor (7,7%) do que entre aquelas com até 7 anos de estudo (18,4%).
Os índices também são bem diferentes quando todas as mulheres entre 15 e 49 anos são analisadas. 54,6% das que tinham pelo menos oito anos de estudo têm filhos, contra 77,9% das mulheres com até sete anos de estudo – uma diferença de 23,3 pontos percentuais.
As regiões Norte e Centro-Oeste do país apresentam diferenças menores do que a média nacional – 17,1 e 21,3 pontos percentuais, respectivamente. Já a região Sul apresenta a maior diferença: 54,3% das mulheres com oito anos de estudo ou mais têm filhos, contra 79,8% das mulheres com até sete anos de estudo. A diferença é de 25,5 pontos percentuais.
Taxa de fecundidade
Em 2012, a taxa de fecundidade do país foi de 1,8 filho por mulher. Os valores mais elevados foram encontrados principalmente em estados da Região Norte: Acre (2,7 filhos por mulher), Amapá (2,5), Amazonas (2,4), Roraima (2,4), Pará (2,3); além do Maranhão (2,3). Todos apresentaram taxas acima do nível de reposição populacional.
A menor taxa de fecundidade (1,6 filho por mulher) foi encontrada nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
O estudo ainda indica que a proporção de mulheres que não têm filhos está aumentando. Na faixa etária de 25 a 29 anos, por exemplo, 32,2% não eram mães em 2002. Dez anos depois, este indicador atingiu 40,5% das mulheres.
Chefe de família
As estatísticas mais recentes sobre as mulheres brasileiras ainda mostram que elas estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho e com níveis de escolaridade mais
elevados do que os homens. Estas mudanças influenciam o comportamento social das
mulheres tanto no âmbito público, como no privado.
Houve um aumento considerável da proporção de mulheres responsáveis pelos núcleos familiares entre 2002 e 2012. No caso dos núcleos formados por casal sem filhos, a proporção de mulheres passou de 6,1% para 18,9%. Nos casais com filhos, aumentou de 4,6 % para 19,4%.
Acesse o PDF: Apenas 10% das brasileiras jovens com filhos estudam, aponta IBGE (Portal G1 – 29/11/2013)