Em clínicas e ambulatórios como o do Proata (Programa de Orientação e Atenção ao Pacientes com Transtorno Alimentar), da Unifesp, duas em cada dez pacientes têm mais de 40 anos.
Para a dermatologista Luciana Conrado, que pesquisa transtornos de imagem, essa é uma doença social. “A sociedade valoriza a imagem, e a beleza é a forma jovem e magra.” O que, de acordo com a dermatologista, complica ainda mais a vida de quem tem 40 ou mais. “Não dá para ela ficar com um corpo de magra de 20 anos, por mais que passe fome e malhe na academia”, diz Conrado.
A nutricionista Lara Natacci, autora do livro “Anorexia, Bulimia e Compulsão Alimentar” (ed. Atheneu), aponta que a mulher madura consegue dissimular a doença por mais tempo e demora mais para buscar ajuda.