(O Estado de S.Paulo, 07/05/2015) No 1º trimestre de 2015, a taxa de desocupação foi de 6,6% entre os homens, ante 9,6% as mulheres; para trabalhadores entre 18 e 24 anos, desemprego atingiu o patamar de 17,6% no período.
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O desemprego atinge mais fortemente as mulheres e os jovens no Brasil. No 1º trimestre de 2015, a taxa de desocupação foi estimada em 6,6% para os homens, ante 9,6% para as mulheres. Já entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa ficou em 17,6%, patamar elevado em relação à taxa média total do país (7,9%). Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa diferença entre gêneros é verificada nas cinco regiões do País, com destaque para o Norte, onde a taxa de desemprego das mulheres é praticamente o dobro da dos homens: 12% e 6,5%, respectivamente. Em todos os Estados brasileiros, a desocupação é maior entre as pessoas do sexo feminino do que do masculino. Em São Paulo, por exemplo, a taxa é de 7,3% para os homens e de 9,8% para as mulheres.
Em Roraima, na região Norte, a discrepância é ainda maior, o que fica evidente nos dados sobre a população desocupada. As mulheres representam 61,7% desse contingente, ante 38,3% dos homens. É o Estado com a maior diferença no porcentual de desocupação por
sexo de todo o País.
Em relação aos jovens, a pesquisa do IBGE mostra que a entrada no mercado de trabalho ficou mais difícil em 2015. A taxa de desemprego entre as pessoas de 18 a 24 anos passou de 14,1%, no quatro trimestre de 2014, para 17,6%, nos três primeiros meses de 2015.
Em relação ao mesmo período do ano passado, quando a taxa foi de 15,8%, também houve aumento.
Dentre as regiões, a pior situação para essa faixa etária é verificada no Nordeste que também apresentou a maior taxa média de desemprego no primeiro trimestre: 9,6%. Lá, 20,6% dos jovens estavam desempregados nos três primeiros meses de 2015. No Estado do Rio Grande do Norte, esse porcentual chega a 25,8%. Em São Paulo, por sua vez, a taxa de desocupação dos jovens é de 18,1%, ante 8,5% da taxa média do Estado.
O nível de instrução também é determinante para o patamar de desemprego. A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (14%) foi bem superior à verificada para as demais escolaridades. Para o grupo de trabalhadores com nível superior
incompleto, a taxa foi estimada em 9,1%, praticamente o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (4,6%).
Bianca Pinto Lima
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