(DCI, 15/01/2015) Para celebrar as três décadas de realização da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo – PED/RMSP, a Fundação Seade apresenta uma série de pequenos estudos sobre mercado de trabalho.
O objetivo é demonstrar tendências e mudanças de inserção no mercado de trabalho de segmentos específicos da população. Com esse propósito, o segundo desses estudos trata do perfil da mulher desempregada.
A série histórica, iniciada em 1985, contempla períodos de importantes mudanças socioeconômicas no país e das mais profundas transformações da inserção da mulher no mercado.
Entre 1985 e 2013, a taxa de participação feminina – indicador da proporção de mulheres com dez anos e mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – aumentou de forma expressiva, ao passar de 44,7% para 55,1%, enquanto a masculina diminuiu de 77,1% para 70,6%.
A maior participação feminina no mercado de trabalho ocorreu pela elevação tanto na ocupação como no desemprego. Entre 1985 e 2013, a proporção de mulheres no total dos ocupados cresceu de 36,9% para 45,9% – em contraposição à dos homens que diminuiu de 63,1% para 54,1% – e a proporção de mulheres no total de desempregados aumentou de 48,8% para 52,7%, enquanto a dos homens reduziu-se de 51,2% para 47,3%.
No biênio 1985-86, a taxa de desemprego feminina correspondia a 14,0%, mas chegou a 21,3% em 1999-2000, diminuindo para 12,1% em 2012-13. Embora sempre acima da taxa masculina, sua diferença reduziu-se ao longo dessas três décadas, passando de 59% superior à dos homens, em 1985-86, para 32%, em 1999-2000, e 30%, em 2012-13.
Muitas mudanças das características das desempregadas refletem, em grande medida, alterações da população total, tais como o aumento do nível de escolaridade. Neste quesito, inverteu-se a relação entre as mulheres com o ensino médio completo e superior incompleto e aquelas menos escolarizadas, que eram maioria.
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