Pelo menos 4.091 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2020 na América Latina e no Caribe, uma queda de 10,6% em relação ao ano anterior, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (24) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
O estudo, realizado pelo Observatório da Igualdade de Gênero, descreveu a situação como uma verdadeira “pandemia nas sombras”.
“O feminicídio ou femicídio como forma extrema e letal de violência de gênero continua afetando milhares de mulheres e meninas todos os anos” na região, afirma o relatório da Cepal, um órgão técnico das Nações Unidas.
A Cepal apontou que essa quantidade de feminicídios ocorreu “apesar do aumento de sua visibilidade, a resposta estatal e a pressão massiva dos movimentos de mulheres que expressam seu repúdio à violência de gênero em toda a região”.
Os mais de 4.000 feminicídios foram registrados em 26 países da região (17 na América Latina e 9 no Caribe) em 2020, uma redução de 10,6% em relação a 2019, quando foram notificados 4.576 casos, segundo os dados do Observatório de Igualdade de Gênero para a América Latina e o Caribe, que a cada ano consolida e atualiza os números de feminicídios fornecidos pelos governos.