RJ registra um estupro de criança a cada quatro horas; padrastos e pais são os agressores mais frequentes

Foto Gerd Altmann – Pixabay – Abuso infantil 2

Foto: Gerd Altmann/Pixabay

19 de julho, 2022 O Globo

(Carolina Freitas, Felipe Grinberg e Luã Marinatto/O Globo) Aos 11 anos, ela não sabe ler nem escrever. Nos últimos dois, em uma situação que é investigada como cárcere privado, mal foi vista pelos vizinhos. Na semana passada, a menina deixou a casa da família em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em uma ambulância, com um bebê nos braços. Só então descobriu-se que, horas antes, ela havia passado por um parto dentro da residência, na companhia da mãe e do padrasto — ele foi preso anteontem, acusado por estupro de vulnerável contra a enteada. À polícia, o casal disse que, até aquele momento, não fazia ideia da gravidez, e que a menina, mesmo praticamente não saindo à rua, foi abusada por outro morador das redondezas, que a teria subjugado com uma arma.

A sucessão de violações impostas a essa criança joga luz sobre um quadro de abusos constantes contra meninas e meninos no estado do Rio. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), obtidos via Lei de Acesso à Informação, indicam que o ano passado registrou o maior número de estupros contra vítimas de até 11 anos desde 2015. Foram 2.330 ocorrências do gênero no período, em uma média que supera os seis casos diários, o equivalente a um a cada quatro horas, aproximadamente.

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