Apesar da proibição das revistas íntimas em São Paulo, mulheres relatam terem sido submetidas a procedimentos invasivos e humilhantes para provar que não carregavam drogas no corpo. Mesmo assim, em muitos casos, não conseguiram autorização para visitar familiares nas unidades prisionais.
Em um pronto-socorro público de Cerqueira César, no interior, Mariana passou por “exames de toque anal extremamente invasivos, lavagem intestinal, além da ingestão de medicamento que causou náusea e vômito”, segundo a Defensoria Pública. Os nomes das entrevistadas foram trocados para preservar a identidade.
A mulher foi levada até a unidade de saúde em 11 de fevereiro, depois que o scanner corporal da penitenciária onde o marido está preso apontou o que os agentes chamaram de “imagem suspeita”. Após os exames, nada foi encontrado.