Travestis e transexuais podem usar seus nomes sociais em serviços de saúde no Paraná

29 de janeiro, 2015

(Gov. Paraná, 29/01/2015) O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, assinou nesta quinta-feira (29) a resolução que permite a travestis e transexuais utilizarem seus nomes sociais nos serviços do Sistema Único de Saúde do Paraná, a começar pelas unidades próprias do Governo do Estado. A assinatura aconteceu durante encontro do secretário com representantes do Comitê Saúde Integral da população LGBT, em Curitiba, em comemoração o dia Nacional da Visibilidade Trans.

“Essa resolução é mais um passo para a quebra do preconceito em nossa sociedade e para a garantia dos direitos sociais de travestis e transexuais”, afirmou Caputo Neto. 

O Nome Social é como travestis e transexuais escolhem ser chamados publicamente. Ele não substitui o nome civil, registrado em documentos oficiais, por exemplo, mas deverá ser utilizado na identificação da pessoa em hospitais, Unidades de Saúde, Laboratórios de Saúde Pública, entre outros setores do SUS. 

Para a superintendente de Vigilância em Saúde, Eliane Chomatas, nos últimos quatro anos várias conquistas podem ser comemoradas junto à população LGBT, mas é preciso ampliar o trabalho. “Evoluímos com a promoção de seminários e conferências e com o atendimento a esse grupo no Centro de Pesquisa e Atendimento às Travestis e Transexuais (Cepat) na 2ª Regional de Saúde, em Curitiba, porém ainda temos muito a avançar”, disse Chomatas.

Para a representante do transgrupo e membro do Comitê Saúde Integral da população LGBT, Rafaelly Wiest, o Governo do Estado está proporcionando o acesso às políticas públicas na área da saúde. “Treze estados brasileiros têm comitês LGBT, mas somente o Paraná está conseguindo avançar com ações para atender a saúde integral dessas pessoas”, disse.

COMITÊ – Na reunião ordinária do Comitê LGBT, realizada nesta quinta-feira, foi destacado o cumprimento de 95% das metas previstas no Plano Estadual LGBT para a área da saúde. Segundo o grupo, o destaque principal foi para o trabalho desenvolvido no ambulatório do Cepat, onde são atendidos atualmente cerca de 130 travestis e transexuais em tratamentos de hormonioterapia, atendimento psicológico e de endocrinologia.

O secretário Michele Caputo Neto se comprometeu a ampliar esse tipo de serviço nas demais regionais de saúde. “Vamos trabalhar para que possamos ter ambulatórios LGBT nas 22 Regionais de Saúde e ainda estimular municípios para que ofereçam o serviço”, disse.

Segundo o diretor-geral da Secretaria da Saúde, Sezifredo Paz, as capacitações dos profissionais de saúde para o atendimento da população LGBT serão ampliadas. “Vamos oferecer capacitações a psicólogos, psiquiatras e terapeutas para atender especificamente esses pacientes e da forma que eles precisam”, explica.

DIA DE VISIBILIDADE – Nesta quinta-feira, a Secretaria da Saúde montou uma barraca na Praça Rui Barbosa para distribuição de materiais educativos e oferta de testes orais de triagem de HIV/AIDS, que foram realizados por representantes de grupos LGBT.

James dos Santos, morador de Curitiba, passou pela Praça Rui Barbosa nesta tarde e resolveu fazer o teste. “Nunca havia feito nenhum exame desse tipo e como estava disponível aproveitei para cuidar melhor da saúde”, afirmou.

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