04/10/2011 – Secretaria de Políticas para as Mulheres acompanhará casos de assassinato de mulheres no DF

04 de outubro, 2011

(Terra/Correio Braziliense) Secretaria de Políticas para as Mulheres acompanhará de perto dois casos recentes de assassinatos de mulheres ocorridos no Distrito Federal. De acordo com a ministra Iriny Lopes, um dos grandes desafios enfrentados  pela Secretaria é o de fazer com que as mulheres não tenham medo de denunciar e procurem ajuda quando necessário. Números do Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) mostram que 13,2% das mulheres que sofreram violência por parte de companheiros já haviam sido ameaçadas de morte pelo menos uma vez.

“Precisamos ainda de mais centros de atendimento, delegacias especializadas, casas-abrigo e de mais portas de saída para as vítimas de violência no mercado de trabalho, para que elas não dependam financeiramente de seu agressor. E estes são compromissos que devem ser assumidos também por todos os Estados e municípios”, afirmou a ministra. Atualmente, há mais de mil serviços especializados de atendimento à mulher no País. 

Conheça os casos

A estudante Suênia Sousa Farias, 24 anos, foi assassinada pelo professor de Direito Rendrik Vieira Rodrigues, 35 anos, com quem manteve uma relação amorosa durante dois meses. Onze dias antes, a copeira Vanessa Souza Ribeiro Santos, 24 anos, foi assassinada por seu marido, o garçom Rafael da Silva de Andrade, 27 anos. Os motivos para ambos os casos foram semelhantes. Suênia morreu por romper o caso amoroso e tentar reatar a relação com o marido, enquanto que Vanessa foi assassinada porque estava em processo de separação conjugal e o marido não aceitava o rompimento. Nos dois casos, os homens já haviam dado sinais de que estavam dispostos a agir com violência. 

A subsecretária de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Aparecida Gonçalves, afirma que as ameaças são comuns nesses tipos de crime. “Com ameaças declaradas, veladas ou com perseguições e demonstrações claras de posse e ciúmes, a maioria dos futuros criminosos quase sempre antecipa a decisão de agir com violência. E nem sempre as mulheres procuram ajuda diante desses sinais”, alerta.

Assassinato de aluna no DF reflete violência de gênero, diz secretária (Terra – 03/10/2011)

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