(G1) A Polícia Civil de São Paulo diz que o ginecologista Rogério Pedreiro, de 48 anos, preso no fim do mês passado sob a suspeita de abusar sexualmente de duas pacientes, mãe e filha, durante consulta também teria molestado mais seis mulheres nos últimos dez anos. O G1 não conseguiu localizar os advogados dele para comentarem o assunto nesta quarta-feira (5).
Antes da sua prisão, no dia 31 de agosto, o médico já era investigado por outros três casos de “violência sexual mediante fraude” envolvendo pacientes no consultório dele na Zona Sul da capital paulista. Após ser detido, a 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) informou que mais três mulheres relataram ter sido abusadas pelo ginecologista na clínica particular que fica na região do Campo Belo. Uma delas já registrou ocorrência; outras duas ainda prestarão queixa.
No dia da prisão, um defensor que representava Pedreiro disse que o médico adotava procedimentos normais durante as consultas. A equipe de reportagem procurou representantes do médico em seu consultório nesta quarta, mas a secretária informou que não pode repassar contato dos defensores. Em seu depoimento, segundo a polícia, o médico negou todas as acusações.
Segundo a delegada Lisandrea Zonzini Salvariego Colabuono, da DDM, a investigação mostra que Rogério Pedreiro teria feito pelo menos oito vítimas de 2002 até junho deste ano. Até esta quarta-feira (5) o médico tinha seis boletins de ocorrência registrados contra ele pelo mesmo tipo de crime.
O suspeito está preso preventivamente em São Paulo a espera de um eventual julgamento. A Justiça decretou a prisão do homem após mãe e filha denunciarem que foram molestadas por ele. Pedreiro foi indiciado por violação sexual mediante fraude.
Prisão
Apesar de Pedreiro já ter sido investigado anteriormente pela polícia por suspeita de abuso contra três de suas ex-pacientes, somente na semana passada é que ele foi preso pela primeira vez por conta das denúncias.
O caso que desencadeou a prisão do médico envolveu duas mulheres, mãe e filha, de 49 e 24 anos, respectivamente. Elas contaram que foram molestadas sexualmente pelo ginecologista durante consulta na clínica particular dele, no último dia 18 de junho.
“Ele [Pedreiro] fazia perguntas de cunho muito pessoal e também realizou um exame anal nelas sem necessidade. As duas não se queixavam de dor, mas após o exame disseram que ele as machucou. Eu me convenci que o médico fugiu de um atendimento convencional, e pedi sua prisão”, afirmou a delegada Lisandrea Colabuono.
Após a divulgação do caso na imprensa, três outras mulheres procuraram a 2ª DDM para relatarem ter sido vítimas do ginecologista. Uma delas registrou um boletim de ocorrência, contando que foi atacada por Pedreiro em 2002, as outras duas ficaram de procurar a delegacia nesta semana para prestar queixa.
Acesse em pdf: Polícia diz que oito mulheres acusam ginecologista de abuso em SP (G1 – 05/09/2012)