(Agência CNJ) Defendendo a atuação conjunta dos poderes do Estado para enfrentar os grandes problemas nacionais, a ministra Eliana Calmon, corregedora Nacional de Justiça, e a ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, assinaram um acordo de cooperação técnica para incluir no programa Justiça Plena processos de crimes contra mulheres.
“A independência dos Poderes não significa a incapacidade de atuar conjuntamente pela sociedade”, afirmou Iriny Lopes. Segundo Iriny Lopes, a Secretaria recebeu dois milhões de mensagens de mulheres, mais da metade delas relata que apanham todos os dias. Os filhos são testemunhas ou apanham junto com suas mães. Entre 194 países, o Brasil ocupa o 12º lugar em assassinatos de mulheres, com 45 mil mortes em 10 anos.
“No Brasil tem imperado a impunidade. Queremos dar sinais claros para que as brasileiros e os brasileiros possam confiar na justiça”, disse Iriny Lopes. Com o trabalho conjunto com a Corregedoria Nacional, a ministra diz esperar maior celeridade no julgamento de crimes contra as mulheres. Iriny contou que vem conversando também com o conselheiro Nacional de Justiça, Ney Freitas, sobre o assunto.
A ministra Eliana Calmon pediu sensibilidade aos magistrados para a questão: “Nós, muitas vezes, não temos dimensão do problema”. E acrescentou que o Brasil “está pagando um preço alto” nos tribunais internacionais por não combater a violência contra a mulher.
Leia a reportagem completa: Eliana Calmon defende fortalecimento do Judiciário (Agência CNJ – 14/10/2011)