(Correio Braziliense) Em 20 de janeiro de 2014, um barco da Caixa Econômica Federal que percorre áreas isoladas da Ilha de Marajó (PA), com serviços bancários para a população ribeirinha, agregou novo serviço: uma sala para atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica, sob a gestão da Secretaria de Políticas para as mulheres (SPM). A Lei Maria da Penha chegará a lugares de difícil acesso por via terrestre e fluvial.
Nos últimos anos, avançamos muito em conquistas para as mulheres. Mas ainda há desafios a enfrentar, principalmente nas áreas rurais, das florestas e dos rios, em que a presença do Estado é menor e a oferta de serviços públicos mais difícil. E, embora desempenhem papel importante em suas comunidades, elas continuam na invisibilidade, tendo seu trabalho pouco reconhecido e valorizado. “O homem trabalha fora; quando chega em casa, tem tudo pronto, feito pela mulher. A mulher trabalha mais que o homem, porque trabalha na casa, para a família, no mangue… A mulher é feito cachimbo, nasce para levar fumo” (fala de pescadora nordestina).
Pensando nisso, uma das primeiras ações de minha gestão foi criar uma assessoria especial para assuntos de mulheres do campo, da floresta e das águas. Foi o reconhecimento de que o olhar da SPM deve abraçar as mulheres da cidade e do campo. E que suas ações cheguem a todas.
Acesse a íntegra no Portal Compromisso e Atitude: A Lei Maria da Penha vai navegar, por Eleonora Menicucci (Correio Braziliense – 19/01/2014)