O estudo mostra que 8% dos homens admitem já ter agredido a companheira. “Os dados mostram que a violência contra a mulher não é um problema privado, de casal. É social e exige políticas públicas”, diz Gustavo Venturi, professor da USP e supervisor da pesquisa.
“Para chegar à estimativa de mais de duas mulheres agredidas por minuto, os pesquisadores partiram da amostra para fazer uma projeção nacional. Concluíram que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões – 1,3 milhão nos 12 meses que antecederam a pesquisa. A pequena diminuição do número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 pode ser atribuída, em parte, à Lei Maria da Penha. ‘A lei é uma expressão da crescente consciência do problema da violência contra as mulheres’, afirma Venturi.”
Visão masculina
“O estudo traz também dados inéditos sobre o que os homens pensam sobre a violência contra as mulheres. Enquanto 8% admitem já ter batido em uma mulher, 48% dizem ter um amigo ou conhecido que fizeram o mesmo e 25% têm parentes que agridem as companheiras. ‘Dá para deduzir que o número de homens que admitem agredir está subestimado. Afinal, metade conhece alguém que bate’, avalia Venturi.”
Leia na íntegra: A cada 2 minutos, 5 mulheres espancadas (O Estado de S. Paulo – 21/02/2011)
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