Em reunião na sede nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), em São Paulo, o Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT) decidiu nesta terça-feira (8) abraçar com mais dedicação ainda os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres de 2017.
(Portal CTB, 07/11/2017 – acesse aqui)
As sindicalistas das seis maiores centrais do país (CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT), que compõem o FNMT, resolveram empoderar a participação do movimento sindical no ativismo por igualdade de gênero e pelo fim da violência.
“Todas as representantes das centrais sindicais assumiram o compromisso de desenvolver campanhas durante todos os dias do ano, sem trégua para a discriminação e a violência”, diz Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.
Elas enfatizaram ainda a necessidade de mais visibilidade para as ações das mulheres nos veículos de comunicação das centrais para as informações chegarem com maior rapidez às seções estaduais e aos sindicatos filiados.
“Precisamos envolver os sindicatos em nossas ações”, define Arêas. Ficou combinado panfletagens denunciando as violências às mulheres porque o Brasil é um dos países mais violentos do mundo nas questões de gênero.
Somente no ano passado foram assassinadas 4.657 mulheres no país “e o Parlamento quer tirar a palavra feminicídio (assassinato de mulher somente por ser mulher) do Código Penal” em vez de ampliar as políticas de direitos e de vida”, rebate Kátia Gaivoto, vice-presidenta da CTB-MG e secretária-geral adjunta nacional da CTB.
Adilson Araújo, presidente nacional da CTB acompanhou a abertura da reunião. “As mulheres são um braço forte e fundamental na luta e no enfrentamento da ofensiva conservadora contra a classe trabalhadora”, afirma.
As dirigentes do FNMT decidiram pela criação de uma campanha que mostre a cara das mulheres trabalhadoras na resistência aos retrocessos, ao preconceito e à violência. A próxima reunião está prevista para acontecer no dia 12 de dezembro, na sede da Força Sindical, em São Paulo.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy